Crianças, nascidas para nos dar alegria e esperança, alegria de viver, esperança de dias melhores. Crianças desprovidas de toda raiva que o adulto carrega, não elege normas, não altera leis, vive a sorrir e com a certeza da paz interior nos convoca a fazer o mesmo.
Crianças, nascidas para serem protegidas, por nós, pelas leis, de nós mesmos. Crianças...incapazes de compreender que a vida é bem mais sofrida que um simples nascimento do primeiro dente, que nós sábios adultos inventamos diversas maneiras de sofrer, de não tentar, de culpar a vida por nossos próprios fracassos.
Crianças, muitas nascidas ao vento, ao relento de uma noite que não é só fria, é perversa, é perigosa, é Rua. Diante de nossos olhos que aprendeu a não ver aquilo que não queremos enxergar, a mãe no chão que pede, o pai no semáforo que mendiga, a criança abandonada que chora.
Crianças, é dia de brincar, mas brincar de quê? Brincar de ganhar comida é raro, brincar de estudar é incomum, brincar de ter um lar é quase impossível, brincar de ter segurança é difícil, brincar de sofrer...de novo.
Crianças, abandonadas por nós, sobrevivem às estatísticas pela vontade de vencer, sobrevivem às ruas por vontade de comer, sobrevivem a tudo por vontade de crescer. Crianças do meu Brasil que choram caladas a dor, que sofrem sozinhas a perda, que aprendem com a vida a conhecer a morte.
Crianças, que passado vão carregar lá na frente? Que presente deixamos eles herdarem? Que futuro pretendem traçar? Crianças que sonham com casinhas de boneca, que sonham com príncipe encantado, com a moto mais veloz, o carro mais potente...não sabem a conta que terão que pagar.
Crianças que pagarão o preço de nosso egoísmo, a nossa fome por destruição, a nossa desesperada perseguição pela fortuna, a nossa falta de tempo para problemas sociais, pagarão o preço por sermos desonestos, por sermos uma sociedade submissa, por olharmos apenas para nosso umbigo.
Crianças, de sinais em sinais, de coletivos em coletivos, entre becos e tocas, vão vivendo, vão sofrendo, e você passa o ano todo sem ver, e no dia deles você finge se importar, e então eles vivem um dia maravilhoso de mentiras, onde todo mundo se importa com eles e lhes dão presentes, fazem caridades. Pois é, enganá-los é fácil, difícil para eles é viver todos os dias uma dura realidade. Crianças, apenas crianças.
Crianças, desculpem...MAS NÃO QUISEMOS SER MELHORES.
Crianças, nascidas para serem protegidas, por nós, pelas leis, de nós mesmos. Crianças...incapazes de compreender que a vida é bem mais sofrida que um simples nascimento do primeiro dente, que nós sábios adultos inventamos diversas maneiras de sofrer, de não tentar, de culpar a vida por nossos próprios fracassos.
Crianças, muitas nascidas ao vento, ao relento de uma noite que não é só fria, é perversa, é perigosa, é Rua. Diante de nossos olhos que aprendeu a não ver aquilo que não queremos enxergar, a mãe no chão que pede, o pai no semáforo que mendiga, a criança abandonada que chora.
Crianças, é dia de brincar, mas brincar de quê? Brincar de ganhar comida é raro, brincar de estudar é incomum, brincar de ter um lar é quase impossível, brincar de ter segurança é difícil, brincar de sofrer...de novo.
Crianças, abandonadas por nós, sobrevivem às estatísticas pela vontade de vencer, sobrevivem às ruas por vontade de comer, sobrevivem a tudo por vontade de crescer. Crianças do meu Brasil que choram caladas a dor, que sofrem sozinhas a perda, que aprendem com a vida a conhecer a morte.
Crianças, que passado vão carregar lá na frente? Que presente deixamos eles herdarem? Que futuro pretendem traçar? Crianças que sonham com casinhas de boneca, que sonham com príncipe encantado, com a moto mais veloz, o carro mais potente...não sabem a conta que terão que pagar.
Crianças que pagarão o preço de nosso egoísmo, a nossa fome por destruição, a nossa desesperada perseguição pela fortuna, a nossa falta de tempo para problemas sociais, pagarão o preço por sermos desonestos, por sermos uma sociedade submissa, por olharmos apenas para nosso umbigo.
Crianças, de sinais em sinais, de coletivos em coletivos, entre becos e tocas, vão vivendo, vão sofrendo, e você passa o ano todo sem ver, e no dia deles você finge se importar, e então eles vivem um dia maravilhoso de mentiras, onde todo mundo se importa com eles e lhes dão presentes, fazem caridades. Pois é, enganá-los é fácil, difícil para eles é viver todos os dias uma dura realidade. Crianças, apenas crianças.
Crianças, desculpem...MAS NÃO QUISEMOS SER MELHORES.
"A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes."
Oscar Wilde
Grande Abraço.
Paz e Bons Ventos!!
Zélio Marulo Jr.
No Brasil e no mundo existem centenas de crianças vivendo em condições desumanas que são, muitas vezes, obrigadas a abandonar sua infância; trocando brincadeiras pelo trabalho para ajudar na renda de suas famílias. E muitas dessas crianças ao chegarem a idade adulta, dificilmente conseguirão dar a seus filhos uma infância melhor do a que tiveram. Talvez elas nem cheguem à idade de adulta (vítimas da violência e negligência). Mas quantos de nós estão realmente interessados em fazer algo a respeito? Afinal não faltam pessoas fazendo discursos, sempre muito eloquentes, sobre os direitos das crianças e a importância da educação, mas quantas dessas pessoas realmente saem do conforto de suas salas de estar e se propõem a fazer algo que vá além do falatório de sempre?...
ResponderExcluirO tempo vai passar, as crinaças se tornarão adultas, e nada vai mudar,a menos que nós mudemos de atitude. Tenhamos uma atitude de fato.
Onde estão nossas crianças, não é?
ResponderExcluirE nossas crianças interiores? Será que já nos esquecemos delas???