(In)Verdades Mentirosas

Na verdade, e é bem verdade isto que vou dizer, não sei ao certo se todas as verdades nós deveríamos saber.

As verdades são criadas para nos encorajar, nos estimula a acreditar que somos capazes de fazer tudo que imaginarmos, mas na verdade, essas verdades são mentiras.

As mentiras nos ajudam a não machucarmos pessoas que ainda não estão preparadas para acreditarem em si, a verdade machuca, feri, a verdade dói. E se vai doer porque dizer afinal?
Porque então nos darmos ao prazer de simplesmente sermos portadores dessa verdade?
Enquanto houver pessoas desacreditadas em suas próprias habilidades, haverá as mentiras para mostrar-lhes que sim, elas são capazes.

Já perceberam que é mais fácil dizer verdades para nossos inimigos do que para nossos amigos? Nós não temos receio de machucar a quem nós não gostamos, e sem a demagogia de que amigo que é amigo sempre diz a verdade.

Então se dizer verdades é tão ruim, chegamos a inevitável questão: Mentir é bom? Uma mentira apreciada ou concordada é uma verdade que se forma.

A verdade atormenta, persegue, corrói, mostra algo que não gostaríamos de ver, nos mostra caminhos para o qual não queremos seguir, e neste confuso contexto entre o que se faz e o que se houve, achamos abrigo nas mentiras.

As mentiras são as únicas que não te enganam, que você realmente sabe aonde vai e porque vai, a mentira não te abandona, não te desencoraja, as mentiras te impulsionam a fazer tudo que você teria medo de tentar, e é verdade... Elas não te abandonam.

De certo, é que elas vão andar sempre juntas, umas contrárias as outras, uma discussão sem voz que só nos mostra o quanto somos frágeis.

Mentiras são verdades que criamos para viver a vida que gostaríamos, enquanto verdades são mentiras que escondemos para não mostrar o que realmente sentimos.

E se isso é verdade ou não, só você saberá!


Bons Ventos!!
Tchau.


Autor: Zélio Marulo Jr.